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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ROCINHA: Nem distribuía vale para morador 'sacar' dinheiro em boca de fumo.


Antônio Bonfim Lopes era sinônimo de ajuda, festa e morte na Rocinha.
Chefe do tráfico promovia reuniões para organizar convivência na favela.

“A firma é rica e o patrão ajuda quem merece”, dizia o vale distribuído pelo traficante Nem a moradores que pediam ajuda financeira na Rocinha. Antônio Bonfim Lopes é acusado de chefiar o tráfico na maior favela do Rio de Janeiro e foi preso na quinta-feira (10) quando tentava fugir, dias antes da megaoperação de pacificação por forças do estado.
Imagens da prisão do traficante Nem na Rocinha, preso na tarde de quarta-feira (9) (Foto: Reprodução TV)Imagens da prisão do traficante Nem na Rocinha,
preso na tarde de quarta (9) (Foto: Reprodução TV)
Segundo os moradores, o papel distribuído pelo traficante era numerado e assinado por Nem, que também escrevia o valor concedido. Abaixo, as siglas dos traficantes que o antecederam no domínio da comunidade: LL (Lulu), BTV (Bem-te-vi) e o próprio N, ao lado do desenho de um fuzil.
Se a demanda fosse aceita, o morador saía com o “vale” em direção a qualquer boca de fumo, entregava e "sacava" a quantia. “Eu recebi R$ 120”, diz um morador que prefere não se identificar. Segundo ele, havia filas para pedir o vale, mas nem todos aceitavam a “ajuda” de Nem. “Era uma forma de comprar a gente”, diz.
Ainda conforme os moradores, que afirmam ainda ter medo de falar sobre como agia o tráfico na favela, a ajuda ia para os mais diversos tipos de pedido. Vazamento em casas, remédios, roupas. Há relatos de famílias que o traficante teria ajudado a construir a casa inteira. Até R$ 1 mil eram retirados de uma vez na boca.
Apontado como o chefe do tráfico da favela, Nem é acusado de uma extensa lista de crimes, como tráfico de drogas, formação de quadrilha, homicídio e tentativa de homicídio.
Os relatos sobre o “reinado” de Nem, também conhecido como Mestre da favela, delineiam a figura de um super-herói, que não deixava menor entrar para o tráfico, mas sim, que mandava ir para a escola. Financiava creches com o dinheiro da droga, promovia campeonatos para as crianças da favela.
Certa vez, Nem teria colocado duas piscinas no final do Valão, local mais afastado, para as crianças pobres brincarem em um domingo. Era chamado por “Tio Nem” pelas crianças da Rocinha. No Dia das Mães, todas as mulheres recebiam uma rosa em homenagem. Para os moradores, seria uma forma “inteligente” de manter o domínio do tráfico.
Segundo os relatos, Nem também convocava reuniões com todos os representantes da comunidade para tratar de problemas de convivência e também impor as regras da facção. As resoluções serviriam para ajudar a manter o tráfico, como um esquema de trânsito especial para que o traficante chegasse logo a locais mais seguros em caso de invasão policial. Outras para manter a “ordem”, como estipular horários para o comércio e até conduta dos moradores.
Antes de sair da favela, o traficante ainda teria ainda financiado três dias de festa de despedida regada com cerveja à vontade para todos os moradores. Segundo alguns deles, é expressamente proibido tirar fotografias durante essas festas, frequentes na favela. Por isso, dizem não ter registro dos eventos.
Tribunais do tráfico
Nem chegou ao comando da Rocinha com a morte de Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi, em uma operação policial feita em 2007. Ele era o 8º na linha sucessória, mas seu bonde teria matado todos os sucessores no chamado “golpe de estado”. Após as mortes, a quadrilha teria espalhado uma música para o que chamavam de “tranquilizar a população”, conhecida por grande parte da favela: “Tá tudo bem, tá tudo bem, na Rocinha é o Joca e o Nem”.
Joca, João Rafael da Silva, que cuidaria da refinaria do Terreirão, o 2º chefe do morro, foi preso no Ceará, para onde fugiu com R$ 2,5 milhões, também em 2007. Já Luciano Barbosa da Silva, o Lulu da Rocinha, foi morto em confronto com a polícia em 2004. Seria ele o principal modelo de Nem, o de “bandido assistencialista”, como o classificam na Rocinha.
'Bonde do Mestre', como também era chamado Nem da Rocinha, inscrição em muro do Terreirão, local das reuniões, e execuções, do traficante (Foto: Arquivo Pessoal)'Bonde do Mestre', como também era chamado Nem da
Rocinha, inscrição em muro do Terreirão, local das reuniões
e execuções do traficante (Foto: Rosanne D'Agostino/G1)
Por trás da imagem de amigo dos moradores, as histórias sobre Nem também são de violência, morte e crueldade. Segundo um morador que afirma ter pertencido ao grupo do traficante, Nem usava o Terreirão, parte alta da Rocinha, para tratar de diversos assuntos da facção.
Na mesma quadra, havia uma refinaria do tráfico, encontrada neste domingo (13) por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O local guarda lembranças de festas, como os aniversários dos membros da quadrilha, quando fogos podiam ser vistos da praia, e de execuções. Durante um delas, o ex-traficante diz ter presenciado a morte de um “vacilão”, pego cheirando o “produto”.
Segundo o ex-membro da quadrilha, foram três tiros, até a vinda do bonde do Valter, um homem que chegava com um carrinho de mão, descia com o corpo pelas vielas até chegar a uma van. De lá, o corpo seguiria para o bonde do Picota, localizado em um valão chamado Dioneia, a parte mais alta da favela. Antes, eram cortadas a virilha, as axilas e os punhos. O sangue ia para um tonel.
O traficante, há época com 17 anos, presenciou sem querer, pela primeira e última vez, segundo ele, o que acontecia com quem “vacilava”. Um cutelo fazia o serviço em menos de 20 minutos. Ao cheiro do sangue despejado no mato, o corpo sem braços, pernas, dentes e entranhas, era enterrado. A carne interna ia para os porcos. Ali ficaria de 2 a 3 semanas, até que o bonde voltasse, recolhesse os ossos e ateasse fogo. “Traficante é esperto. Se não tem corpo, não tem crime”, diz. “Eu não sei como estou dizendo isso a você, eu sempre choro, sempre.”
Nos “tribunais” do tráfico, estupradores, ladrões, homens que batiam na mulher ou qualquer morador acusado por outro. Nem perguntava a versão de cada um. Ouvidas todas as partes, o traficante dizia: “Pode soltar, está tudo bem. Vai ali só falar com o Valter, que tá tudo certo”, relata o ex-traficante sobre o que chama de “crueldade”. “Você pode ter certeza", avisa ele, que diz ter abandonado o tráfico depois da morte que presenciou. "Se for falar com o Valter, pode começar a rezar o Pai Nosso, que você vai morrer.”

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