O acidente nuclear ocorrido neste sábado (12) na central de Fukushima 1, no nordeste do Japão, foi avaliado no nível 4 numa escala que vai até 7, anunciou a Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão.
A explosão na unisa foi decorrência doforte terremoto de magnitude 8,9 que atingiu a costa do país na véspera, gerando um tsunami devastador e mais de cem fortes réplicas.
A preocupação em relação à possibilidade de contaminação nuclear persiste, apesar de o governo japonês ter tranquilizado a população em relação às consequências do desastre.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, o acidente em Three Mile Island, nos EUA, em 1979, ficou no nível 5, e o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, no grau 7 da INES (Escala Internacional de Eventos Nucleares).
Na escala, o nível 0 corresponde à ausência de anomalias, e o 7, a um acidente grave. No nível 4, o envento já pode ser considerado um "acidente".
Radiação
Ao menos três japoneses moradores de uma cidade próxima à usina de Fukushima foram expostos à radiação, relatou a imprensa local. Eles faziam parte de um grupo de cerca de 90 pacientes internados em um hospital da cidade de Futaba-machi e foram escolhidos aleatoriamente por médicos para serem submetidos a testes, após o incidente nuclear, informou a televisão pública NHK.
Os médicos descobriram que eles haviam sido expostos à radiação, acrescentaram a NHK e a agência Jiji, citando o governo local de Fukushima.
Os pacientes esperaram os socorristas em uma escola, onde haviam sido transferidos e, em seguida, foram levados em helicóptero. Naquele momento, ocorria a explosão na usina de Fukushima 1.
Os três, que ainda não tiveram idade e gênero divulgados, vão passar por uma lavagem especial para se livrar da radiação, mas seu estado de saúde não apresenta nada anormal, relatou a NHK.
A explosão que fez com que parte do prédio que comporta o reator número 1 derretesse. No entanto, o governo afirmou que o exterior do reator não foi danificado e pediu que a população local mantenha a calma.
Ainda assim, as autoridades ordenaram a retirada dos habitantes a um raio de 20 km da usina.
O porta-voz do Estado, Yukio Edano, acrescentou que a radiação no local havia "diminuído bastante" após a explosão.
Rússia se previne
O premiê da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a verificação dos planos de de emergência na zona oriental russa, em seguida ao incidente na usina, informou a agência de notícias Ria-Novosti.
O primeiro-ministro falou sobre o assunto numa reunião com o titular da Energia Igor Setchine, com o responsável pela agência russa de energia nuclear Rosatom, Serguei Kirienko, e que contou com a participação do vice-ministro das Situações de Emergência, Rouslan Tsalikov.
As autoridades russas, no entanto, mostram-se tranquilas em relação à possibilidade uma ameaça de poluição radioativa.



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