Sequestradores fizeram em torno de 20 reféns por cerca de uma hora e feriram cinco pessoas em um ônibus da linha Praça Mauá-Duque de Caxias, na altura da avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, no início da noite desta terça-feira. De acordo com as primeiras informações, os homens teriam tentado assaltar o veículo.
O coletivo foi parado próximo à Universidade Estácio de Sá, onde o motorista teria ligado o pisca-alerta e descido do veículo. Dois policiais que faziam guarda no local foram verificar a situação, e os bandidos responderam ameaçando os passageiros com armas. Segundo o estudante Jefferson Gonçalves Garcia, que testemunhou a ação, os criminosos exigiram que um dos passageiros dirigisse o ônibus em tentativa de fuga da polícia.
Após perseguição com tiroteio e com um dos pneus furado, o ônibus parou na avenida Presidente Vargas, na região da Leopoldina, para onde foram mobilizadas diversas viaturas do Batalhão de Choque, do 4º BPM (São Cristóvão) e da Unidade de Resgate de Reféns do Bope, além de ambulâncias do Bope e do Samu. Com o cerco ao ônibus, houve mais troca de tiros. "Dentro do quadro, pessoas fortemente armadas e um ônibus sendo dirigido por uma pessoa que não era motorista - não sabemos nem se tem habilitação -, a solução foi a possível. Infelizmente, houve vítimas", lamentou o comandante-geral da PM.
Os cinco feridos foram socorridos para o hospital Souza Aguiar. Uma mulher levou um tiro no tórax, passou por cirurgia e está em estado grave. Um homem, com um tiro no pescoço, e outra mulher, com bala na região glútea, também estão internados no hospital. Um policial militar também foi atingido e está no Hospital Central da PM. Os feridos identificados são: Eliza Monica Pereira, 46 anos, tiro no abdôme; Alcir Pereira, 46 anos, tiro no pescoço; Fabiana Gomes da Silva, tiro no glúteo e Josuel dos Santos Messias, 46 anos, tiro de raspão na perna.
O coronel Mário Sérgio Duarte, comandante-geral da Polícia Militar, disse que a rendição dos sequestradores foi negociada por agentes no local. "Foi tudo resolvido de uma forma muito rápida", afirmou, acrescentando que dois criminosos foram presos.
Homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) isolaram o local. Por volta das 22h20, apenas a pista ocupada pelo ônibus ainda estava interditada. Durante a ação, três armas foram apreendidas. A Universidade Estácio de Sá, como medida de segurança, fechou as portas e recomendou que os estudantes não deixassem as salas.
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