Quando a delegação do Afeganistão iniciou o desfile dos atletas na Cerimônia de Abertura dos 5º Jogos Mundiais Militares, o TC Pedro Gagliardi presenciou o resultado de um trabalho iniciado no segundo semestre de 2010. Chefe do setor de Projetos de Solidariedade do Conselho Internacional do Esporte Militar, em Bruxelas (BEL), ele foi um dos executores do Vôo Solidário, que tornou possível a participação de 51 das 111 nações que participaram dos Jogos da Paz, entre elas o país do Oriente Médio.
“A meta era alcançar o número de 110 países nos Jogos. O grande barato de tudo foi ver a boa vontade dos países em ajudar. Consegui coordenar profissionais de elevada capacidade nesse projeto e tivemos que nos adaptar às diferenças culturais para alcançar a meta”, disse o TC Gagliardi.
Após o esforço conjunto do CISM, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Itállia, Comitê Olímpico Internacional (COI) e Embaixadas Brasileiras, que contribuíram com aeronaves, recursos e auxílio nos processos para obtenção de vistos, um total de 519 pessoas de países com dificuldades financeiras e diplomáticas desembarcaram no Rio de Janeiro para a maior festa esportiva militar do planeta.
“A intenção era dizer para esses países: nós temos problemas, vocês têm problemas, mas podemos viver em paz. Essa é a medalha. Daqui a algum tempo, podem não lembrar os nossos nomes, os nomes dos ganhadores de medalhas, mas vão lembrar que a mensagem foi passada”, concluiu o TC Gagliardi.
O Presidente da Comissão de Solidariedade do CISM é o Vice-Almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa. Segundo o TC Gagliardi, ele, o Secretário Geral do CISM, Cel Alexandre Morisod, e o Presidente da entidade, Cel Kalkaba, foram os responsáveis pelas decisões em relação ao Vôo Solidário.
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