Conhecida pejorativamente como a Rainha das Pracinhas – devido a sua predileção por reformas de praças –, a prefeita Aparecida Panisset vem sendo questionada por causa da “venda” de uma praça.
A Praça Carlos Gianelli, localizada no Centro de Alcântara, foi concedida à iniciativa privada, sem consulta popular, por uma quantia irrisória de R$ 150.000,00 (única parcela) e pelo prazo de 30 anos.
A empresa Garda ganhou a licitação para construir no local o Pátio Alcântara (terminal rodoviário integrado a um centro comercial).
Abandonada há vários anos, morada de mendigos e sujeira pra todo lado, o estado decadente em que se encontrava o espaço contribuiu para a aprovação, sem qualquer objeção, da Câmara Municipal ao empreendimento.
Mas a população está dividida. Há aqueles que aprovam e outros que desaprovam o projeto.
Os que aprovam veem com bons olhos a construção do Pátio Alcântara. Segundo os comentários, a praça não servia para nada mesmo, a não ser para residência de mendigos e ponto de camelôs.
Já os que desaprovam questionam o porquê de a prefeita não fazer na Praça do Alcântara a mesma reforma que ela promoveu em outras praças, como as dos bairros Zé Garoto, Trindade, Nova Cidade, Bandeirante, Rocha, entre outras.
Para o presidente da OAB-SG (8ª Subseção), Dr. José Luiz da Silva Muniz, a concessão da Praça Carlos Gianelli à iniciativa privada é imoral.
– Onde já se viu uma coisa dessas? Vender, ceder ou doar praça pública para empresários? A venda ou cessão da praça é proibida por lei! – declarou.
A Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação Comercial de Alcântara organizaram ontem (30/04) um abaixo-assinado pelas ruas do bairro contra a construção do Pátio Alcântara.
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