Batalha das Emissoras
A batalha Globo x Record começou em 2005, como explica o vice-presidente comercial da Record, Walter Zagari. "O segundo lugar é o primeiro dos perdedores. Por isso queremos a liderança", contou à Folha. Começava ali uma espécie de clonagem da Globo, na Record. A Record contratou profissionais da Globo com salários 3 vezes maior. Foram contratados artistas, autores, jornalistas, entre outros funcionários. "É um ponto de honra para Edir Macedo atingir a Globo, por conta das denúncias que a rede fez contra ele", avaliou Laurindo Leal Filho, sociólogo da USP.
Jornal Nacional x Jornal da Record
Audiência: Em 2005, no início da disputa pela audiência, a média/ dia da Globo era de 21 pontos no Ibope. Este ano está em 16,3 pontos. A Record foi de 5 pontos (em 2005), para 7,3 em 2011. O SBT era o segundo lugar, com 9 pontos em 2005, e hoje está com 5,5 pontos. A Globo atribui a queda no Ibope devido à perda de público para outros canais, como TV paga e televisões ligadas em videogames.
Lucro: A Globo detém 70% de tudo o que é investido em TV aberta no país. Faturou cerca de R$ 7,5 bilhões em 2010. "Claro que audiência continua sendo importante. Mas os anunciantes e agências estão de olho na relevância do conteúdo e na força da marca dos canais além da TV", availou Mônica de Carvalho, vice-presidente de mídia da DM9.
Investimento: Em 2005, a Record contratou profissionais, como os autores Tiago Santiago e Lauro César Muniz, investindo em novelas. Também trouxe os atores Marcelo Serrado e Márcio Garcia (voltou para a Globo com a promessa de ter um programa). Depois, ainda contratou Gabriel Braga Nunes (que hoje voltou à Globo, em Insensato Coração), Paloma Duarte e Tuca Andrada. Outro investimento da Record foi a compra dos direitos da transmissão da Olimpíada de Londres (2012), e também os Jogos Pan-Americanos de 2011, no México.
Duopólio: "A disputa deve servir para chamar a atenção da sociedade para o risco tanto de modelos de monopólio como da mistura de radiodifusão com religião. Em alguns anos, a Record vai encostar na Globo e as duas vão dividir a audiência e o faturamento. Outras redes ficarão marginalizadas", concluiu o jornalista Eugênio Bucci, crítico de TV.
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