Nas mais tradicionais e turísticas cidades da Região Serrana do estado do Rio, a noite de 11 de janeiro do ano passado começou com chuva forte. O temporal aumentou na madrugada do dia 12, fazendo morros deslizarem, e provocando enxurradas que chegaram a uma velocidade de até 180 quilômetros por hora, segundo especialistas. Um mês depois, a região ainda contava seus mortos: 911. Mais de 400 mil moradores da região ficaram desabrigados.
A destruição ainda é visível em Nova Friburgo, um ano depois da tragédia. Um dos pontos turísticos da cidade, a Praça do Suspiro, ainda tem muita lama e pontos destruídos, como é o caso da Capela de São Antônio. O governador Sérgio Cabral disse no início do ano que a recuperação da Região Serrana ainda é uma “tarefa gigantesca” para o estado.
Cabral esteve em Friburgo para entregar viaturas para a Defesa Civil atuar no município e nas cidades de Teresópolis e Petrópolis, também na Região Serrana. O governador afirmou que uma nova catástrofe foi evitada graças ao alerta de sirene instalados em áreas de risco da cidade de Friburgo.
Em setembro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que fosse implementado um plano de alerta de chuvas na serra. A Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio confirmou que que vai instalar 73 sirenes de alerta de chuvas em pontos críticos nos municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, mas a instalação dos equipamentos deve ser concluída apenas em março.
Soterrados em casa
Em janeiro de 2011, a avalanche de lama provocada pelas chuvas foi destruindo casas em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, sem distinguir áreas rurais e urbanas, ricos e pobres, crianças, adultos, velhos e animais. Muita gente dormia quando, entre 3h e 4h de 12 de janeiro, suas casas desabaram sob a força das águas carregadas de terra e entulho, sem dar, para muitos, qualquer chance de fuga. Famílias inteiras morreram soterradas em suas próprias casas.
Em janeiro de 2011, a avalanche de lama provocada pelas chuvas foi destruindo casas em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, sem distinguir áreas rurais e urbanas, ricos e pobres, crianças, adultos, velhos e animais. Muita gente dormia quando, entre 3h e 4h de 12 de janeiro, suas casas desabaram sob a força das águas carregadas de terra e entulho, sem dar, para muitos, qualquer chance de fuga. Famílias inteiras morreram soterradas em suas próprias casas.
Com o deslizamentos de barreiras e morros, as galerias de águas pluviais foram totalmente obstruídas por terra trazida das encostas, entulho e lixo, o que piorou as inundações. Estradas e pontes foram destruídas e bairros inteiros ficaram isolados.
Somente na noite da quarta-feira (12) equipes de resgate começaram a chegar a algumas das áreas mais atingidas, já sem luz e sem sinal de telefonia, e encontraram destruição, morte, e moradores perambulando pelas ruas cheia de lama sem saber o que fazer - cenário de uma praça de guerra. Além de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, os municípios de Areal, Bom Jardim, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto também sofreram com as chuvas de janeiro.
Em Nova Friburgo, a maior parte das vítimas morava no bairro de Conselheiro Paulino. A Clínica São Lucas (particular) foi bastante atingida pelas águas e o Hospital Municipal Raul Sertã foi totalmente inundado. O ginásio de uma escola estadual foi usado como necrotério. Mais de 800 toneladas de lixo, lama e entulho eram retiradas por dia das ruas da cidade.
Já os bairros mais afetados de Teresópolis foram Bonsucesso, Caleme e Biquinha. Também registraram vítimas Poço dos Peixes, Vale Feliz, Fazenda da Paz, Posse, Paineiras, Jardim Serrano, Parque do Imbuí, Granja Florestal e Barra do Imbuí, Pessegueiros e Salaquinho.
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