DESABAMENTO NO RIO: 13º corpo foi levado sem ser notado.

Até o momento foram localizados 13 corpos, vítima do desabamento de três prédios, que aconteceu por volta das 20h50min desta quarta-feira (25), na região da Rua Treze de Maio, no Centro do Rio de Janeiro. Dez cofres também foram encontrados.

Em esclarecimento o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões informou que o 13º corpo foi retirado junto com os entulhos e já havia sido levado pela Comlurb. Só foi possível identificar que é de uma mulher pelas mãos, pois estava dilacerado. O coronel disse que a equipe de resgate não percebeu que o corpo estava sendo levado.

O oitavo corpo encontrado estava totalmente carbonizado, e não foi possível a identificação. Sérgio Simões, informou que as buscas chegaram num local onde devem haver o maior número de vítimas e não acredita que ainda existem sobreviventes.

Cinco corpos já foram identificados como Celso Renato Braga Cabral, de 44 anos, Cornélio Ribeiro Lopes, de 73, o catador de lixo Moiséis Moraes da Silva, Nilson Assumpção Ferreira, e Margarida Vieira de Carvalho. 14 pessoas continuam desaparecidas.

Seis pessoas ficaram feridas, três precisaram ser internadas no Hospital Souza Aguiar, mas já foram liberadas. O estado mais grave foi o de uma mulher de 28 anos, que teve lesão no couro cabeludo e passou por cirurgia. Ela foi transferida para um hospital particular.

Também na tarde desta sexta-feira (27), dez cofres de banco foram encontrados nos escombros. Os cofres serão periciados no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, eles devem pertercer a uma agência do Itaú.

Um dos prédios tem 10 e o outro 20 andares, com a queda um terceiro prédio menor foi atingido e também desabou. O prefeito Eduardo Paes acredita que os desabamentos foram causados por problemas estruturais e não explosão conforme suspeitas no ínicio da tragédia.

Alexandro da Silva Fonseca, operário do nono andar do prédio que desabou disse aos bombeiros que ele e uns colegas trabalhavam na parte de decoração. Alexandro disse que somente uma parede de tijolos que dividia o banheiro foi removida, e que isso não comprometeria a estrutura do prédio. O operário disse que se salvou do desabamento ao se jogar no elevador que despencou. Ele prestou depoimento na 5ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá).

Um posto de informações foi aberto em frente à agencia da Caixa Econômica Federal, na esquina das avenidas Chile e Rio Branco. Testemunhas informaram que haviam muitas pessoas no interior de um dos prédios, e o de 20 andares estava em obras. Especialistas não descartam a hipótese das obras terem abalado as estruturas, mas por enquanto a informação não é confirmada. Um inquérito foi aberto para apurar as responsabilidades do desabamento. Na noite desta quinta (26), nove pessoas foram ouvidas pelo delegado titular da 5ª DP (Mem de Sá), Alcides Alves Pereira. Entre os ouvidos estão seis testemunhas e dois policiais que prestaram socorro às vítimas.

Bombeiros e a Defesa Civil trabalham na remoção e buscas das vítimas que podem estar debaixo do que restou. Os bombeiros disseram que os 20% dos escombros restantes são os mais criticos, pois eles acreditam que as vítimas que continuam desaparecidas podem estar nesta parte. As vítimas não encontradas pode ser os alunos que faziam curso no 6º andar.

A tragédia mobilizou 60 bombeiros dos quartéis da Barra da Tijuca, de São Cristóvão e do Centro. O resgate continua durante toda a sexta-feira. Máquinas, homens e cães farejadores auxuliam nas buscas.

A estimativa é de que os trabalhos de buscas terminem até o final do dia dessa sexta-feira podendo prolongar até no sábado (28).