Policiais civis da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) encontraram três bombas de combustíveis com lacres rompidos e indícios de fraude em um posto de combustíveis, nesta sexta-feira (13), na Rua Haddock Lobo, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Além dos policiais da DDSD, participam da Operação Posto Legal peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), fiscais da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), além de equipes da Cedae, da CEG e da prefeitura do Rio.
Logo na chegada, os policiais já suspeitaram de algo errado por causa dos lacres rompidos. Eles abriram a parte eletrônica da bomba para ver se havia algum dispositivo eletrônico que possa comprovar a fraude. “Encontrei um fio cortado. E tem uma conexão que, possivelmente, fazia a ligação com a fraude”, constatou o delegado Mário Andrade.
Os mesmos problemas foram detectados nas três bombas. Fios cortados e muitas conexões soltas. O posto não foi fechado, mas restou apenas uma bomba em funcionamento. As demais foram lacradas e as placas eletrônicas serão levadas para análise.
Técnicos não detectam irregularidades
Por volta das 15h, o delegado Mário Andrade entrou em contato com a TV Globo para informar que, na realidade, os fios soltos não representavam uma irregularidade, como constataram técnicos especializados. Ele explicou que, como as máquinas são importadas, os fios são utilizados para o autoatendimento, como existe nos Estados Unidos. Como essa modalidade de serviço quase não existe no Brasil, os fios ficam soltos dentro das bombas, sem serventia.
Por volta das 15h, o delegado Mário Andrade entrou em contato com a TV Globo para informar que, na realidade, os fios soltos não representavam uma irregularidade, como constataram técnicos especializados. Ele explicou que, como as máquinas são importadas, os fios são utilizados para o autoatendimento, como existe nos Estados Unidos. Como essa modalidade de serviço quase não existe no Brasil, os fios ficam soltos dentro das bombas, sem serventia.
O delegado ressaltou que as bombas não foram lacradas e que o posto funciona normalmente. Segundo Andrade, o dono foi autuado por "violação de sinal", crime de menor potencial ofensivo, porque as bombas estavam com os lacres rompidos.
Dono do posto se defende
O dono do posto disse à polícia que não sabia das irregularidades. “Eu não sabia. Compramos o posto há dois meses”, afirmou.
O dono do posto disse à polícia que não sabia das irregularidades. “Eu não sabia. Compramos o posto há dois meses”, afirmou.
Segundo o delegado, no entanto, o proprietário terá de apresentar a documentação da compra do posto à polícia. “Eu vou pedir ao dono do posto para que me dê documentos que comprovem que houve uma perícia nessas bombas no momento em que ele adquiriu o posto, justamente para isentá-lo de uma responsabilidade. Caso contrário, ele vai ser indiciado por estelionato”, afirmou Andrade.
Alguns motoristas abasteciam o carro enquanto os fiscais faziam a vistoria. “O importante é a fiscalização. Essa fiscalização já deveria ser intensa há bastante tempo para que isso não viesse a ocorrer”, comentou o taxista José Augusto Leite.
A operação começou na manhã desta sexta-feira, em oito postos da Tijuca. Segundo a polícia, agentes da DDSD fiscalizaram bombas de combustível, dispensers de gás natural e a qualidade do combustível que é comercializado para saber se há fraudes.
Ainda de acordo com a polícia, os agentes também checaram se há o furto de energia elétrica, gás e água nos postos fiscalizados. Segundo o delegado da DDSD, Tarcísio Jansen, outras ações semelhantes estão previstas para ocorrer mensalmente em vários pontos da cidade durante este ano.
Fraudes
Na segunda-feira (9), a Agência Nacional do Petróleo (ANP) fechou um posto de gasolina na Gardênia Azul, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, suspeito de adulterar as bombas de combustível.
Na segunda-feira (9), a Agência Nacional do Petróleo (ANP) fechou um posto de gasolina na Gardênia Azul, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, suspeito de adulterar as bombas de combustível.
A ação aconteceu um dia depois de o Fantástico mostrar que essas fraudes vêm sendo cometidas em vários estados e são feitas por meio de controle remoto. Num posto do Rio, segundo denúncia do Fantástico, a cada 50 litros de combustível, seis seriam roubados do motorista
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