No dia do professor, Serra destaca propostas para educação; Dilma ataca tucano
RIO - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, usou o horário eleitoral de rádio nesta sexta-feira, dia do professor, para destacar suas propostas para educação. Já Dilma Rousseff (PT) atacou a campanha adversária.
A propaganda do PSDB destacou como propostas de Serra a criação de 1 milhão de vagas no ensino técnico e a inclusão de dois professores na sala de aula. O candidato, por sua vez, sugeriu a criação de mutirões para garantir que todas as crianças cheguem aos oito anos sabendo ler e escrever.
- Nenhum país do mundo vai para frente se não investir em educação. É o sonho de todo aluno e de todo pai ver seus filhos estudando em uma boa escola - disse Serra.
- A educação é o maior desafio que o Brasil tem pela frente. Com ensino de qualidade você dá ao filho do pobre a mesma oportunidade do filho do rico. Mas não é o que acontece no Brasil hoje - acrescentou.
A campanha aproveitou para criticar o PT, afirmando que a gestão da legenda na prefeitura de São Paulo construiu "escolas de lata".
- Ele (Serra) acabou com as escolas de lata deixadas pelo PT. No lugar, fez escola de tijolo, escola boa - disse um locutor.
O programa também alfinetou Dilma:
- Sabe, não consegui lembrar de nada que a Dilma tenha feito pela educação - afirmou um apresentador.
- É que ela mesma realmente não tem o que mostrar - respondeu outro.
Na propaganda petista, a campanha de Serra foi acusada de manipular e fazer ofensas pessoais.
- Tá todo mundo vendo que a gente tem feito de tudo para manter o nível dessa campanha lá em cima do jeito que o Brasil merece, mas eles não param. Uma repetição de mentira, fazendo intriga, manipulando, fazendo ofensa pessoal. Isso tudo é imoral - disse um locutor
O programa ainda veiculou trechos da propaganda tucana para rebater dados apresentados.Um locutor disse que o tucano não implantou o programa "Brasil em Ação", como afirmou o horário eleitoral adversário.
- A propaganda do Serra mente a gente aqui vai desmentir - anunciou o locutor, para em seguida:
- O Serra não teve nada a ver com o Brasil em ação que só foi lançado pelo governo Fernando Henrique em agosto de 96, três meses depois que ele saiu do ministerioMinistério do Planejamento
A campanha de Dilma também disse que não foi o responsável pela criação dos genéricos, nem tampouco quebrou patentes de remédios quando era ministro da Saúde.
- Conversa de novo. Primeiro que não foi ele que fez os genéricos. Foi o médico Jamil Addad quando era ministro da Saúde de Itamar. Segundo ele não quebrou patente nenhuma. Ele ameaçou quebrar e até conseguiu dar um descontozinho, mas a primeira quebra de patente no Brasil aconteceu em 2007 no governo do nosso presidente Lula - disse um apresentador.
A propaganda petista, que se referiu a Serra como o coordenador do programa de privatizações do governo FH, ainda atacou a campanha adversária ao dizer que os tucanos "gostavam de vender o patrimônio público"
- Eles gostavam de vender o patrimônio público entregando de bandeja a riqueza do Brasil com lances às vezes muito mal explicados. O Banco do Brasil e Caixa Econômica escaparam por pouco, a Petrobras também - apontou um locutor.
Dilma, por sua vez, ressaltou que um assessor de Serra defendeu a privatização do pré-sal.
- Desde já eu afirmo a minha posição. É um crime privatizar a Petrobras ou o pré-sal. Falo isso porque a poucos dias o principal assessor do candidato Serra para a área de energia defendeu a privatização do pré-sal. Isso seria um crime contra o Brasil porque o pré-sal é o nosso passaporte para o futuro - afirmou a candidata.
- Essa é a grande diferença entre o nosso projeto de governo e o projeto da turma do contra. Nós acreditamos que o fortalecimento da nossas empresas é bom para todo o povo brasileiro - completou.
A candidata também deixou uma mensagem para o dia do professor:
- Hoje é o dia do professor. Cada um de nós que somos ou fomos alunos sabe o que isso significa. Quando falamos de educação de qualidade, de ensino, não estamos falando de uma abstração, mas de uma relação humana e cotidiana que se dá na sala de aula em torno do professor.
FONTE: O Globo.
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