A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (7) que pretende comparecer ao velório das crianças mortas a tiros nesta manhã em uma escola municipal em Realengo, no Rio de Janeiro. Um atirador de 23 anos matou 11 crianças e feriu outras 13, na escola Tasso da Silveira. Ele também morreu.
“Acho que sim [irei ao velório]. Vou falar agora com o Eduardo Paes [prefeito do Rio de Janeiro]. Vou fazer todo o esforço para ir. Ele [Paes] não sabe o horário [do velório ] ainda”, afirmou, após receber no Palácio do Planalto representantes do movimento Mulheres Atingidas por Barragens.
Em breve discurso, durante o evento, Dilma voltou a lamentar o massacre no Rio e afirmou que esta quinta é “um dia muito triste para todos os brasileiros e brasileiras." "Esse é um país que sempre teve uma relação de grande carinho cultural pelas crianças. É inadmissível violência em geral, mas a violência contra as crianças coloca todos nós em sensação de grande repúdio”, disse.
Antes de iniciar o discurso, a presidente fez questão de cumprimentar um grupo de crianças que presenciaram a cerimônia acompanhadas das mães. "Cumprimentei as crianças porque um país só terá futuro se as crianças tiverem futuro", disse. Ela defendeu creches e política educacional de qualidade nas zonas rurais.
Mais cedo nesta quinta, Dilma chorou e embargou a voz ao pedir um minuto de silêncio em homenagem às crianças assassinadas. “Encerro meu pronunciamento cumprimentando os empreendedores individuais, mas, sobretudo, homenageando crianças inocentes que perderam a vida e o futuro neste dia, lá em Realengo. Por isso, proponho um minuto de silêncio para que nós mostremos a nossa homenagem a esses brasileirinhos que foram tirados tão cedo da vida."
O caso
Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira (7), e atirou contra alunos em salas de aula. Depois de matar 11 crianças, ele foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Segundo autoridades, Wellington é ex-aluno e, como era conhecido na escola, entrou sob alegação de que iria fazer uma palestra. A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial.
A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.
O corpo de Wellington foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com a polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.
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