Secretaria de Saúde divulga lista de danos do Quartel Central
A invasão dos bombeiros ao Quartel Central da corporação, na noite de sexta-feira (3), danificou uma série de itens do estabelecimento. A contabilidade do prejuízo foi divulgada pela Secretaria de Saúde e Defesa Civil.
No início da ação, os manifestantes quebraram o cadeado do portão principal e depois arrombaram os portões laterais e dos fundos. Em seguida, vasos de plantas foram quebrados, além de um portão de ferro.
No refeitório, o arame de isolamento do muro foi cortado, três portas arrombadas e o vidro de uma janela acabou sendo quebrado.
Conforme a invasão se intensificou, cadeiras, uma mesa de sinuca, armário, geladeira, mais portas, bebedouro, lixeiras e extintores foram danificados.
Até mesmo algumas viaturas ficaram quebradas, desde o para-brisa rachado até pneus furados.
Invasão da PM
Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiram na manhã deste sábado o Quartel Central do Corpo de Bombeiros. Os mais de 2.000 bombeiros ocupavam o lugar em uma manifestação por melhores salários e condições de trabalho desde a noite de sexta-feira (3).
Os homens do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para entrar no quartel. Crianças e mulheres tiveram intoxicação e ferimentos leves. Todos foram atendidos no posto no interior do quartel.
Os manifestantes presos deixaram o quartel em ônibus da Polícia Militar. Inicialmente, eles foram levados para a sede do Batalhão de Choque da PM, no centro do Rio. Depois, os bombeiros foram encaminhados para a Corregedoria da PM, em Neves, São Gonçalo, região metropolitana do Rio.
A manifestação dos bombeiros começou na tarde desta sexta-feira em frente a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) e passou pelas principais ruas do centro do Rio. Mulheres e crianças acompanharam o protesto, que chegou ao quartel central por volta das 20h.
Os bombeiros reivindicam piso salarial líquido de R$ 2 mil e vale-transporte. Os manifestantes informaram que só vão deixar o quartel depois de um acordo com o governador Sérgio Cabral.
Manifestações em maio
Os bombeiros realizaram durante o mês de maio uma série de manifestações e chegaram a entrar em greve. Com prisão decretada por serem considerados líderes das manifestações, o major Luís Sérgio, o capitão Alexandre Marchesini, o sargento Valdelei Duarte e o cabo Benevenuto se entregaram no QG (Quartel Central) da corporação, no centro do Rio, no dia 17 de maio. De acordo com Valdelei, todos foram soltos três dias depois.
Em entrevista no dia 12 de maio, o governador Sérgio Cabral não se mostrou preocupado com as reivindicações dos bombeiros. Segundo Cabral, o movimento não afetaria o Estado e teria sido incitado e até mesmo financiado por políticos de oposição.
No último dia 25 de maio, os manifestantes se reuniram com o secretário de Planejamento do Estado, Sérgio Ruy. O encontro, porém, não resultou em novidades. A decisão do governo foi mantida e nenhum aumento à classe foi prometido fora do que já estava planejado.
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