A Record chutou a santa mais uma vez. A reportagem do “Domingo Espetacular”, com assustadores trinta minutos de duração, pode ser vista, tranquilamente, como perseguição religiosa. Perseguição feita por uma emissora que, legalmente, deve ser laica. Por isso, mais uma vez, a Record deu um pontapé na santa e jogou um balde de sangue em sua história. Por nada, a manchou. Aliás, teve seus motivos. Que, obviamente, não justificam.
A “Igreja Universal” vem perdendo força, há algum tempo, por entre as igrejas evangélicas. O que era um fenômeno de fieis e lucro, pouco a pouco se torna mais um império religioso. Só mais um. Não mais que por conseqüência, a Record, propriedade do dono da IURD, compra a briga de seu chefe e resolve disparar para todos os lados, de forma tão equivocada quanto estúpida.
As igrejas neopentecostais estão ganhando força. A Igreja Universal já perdeu quase 1/3 de seu público em nove anos. Precisava de uma reportagem com quase meia hora de duração? E logo da Record, que tanto reclamou em outrora de perseguição aos fiéis da Universal? Pra que isso? Com certeza foi um erro, talvez o maior, cometido pela emissora. Um tiro na cabeça.
O mercado publicitário, mais uma vez, deve se voltar contra o canal. O público não aprovou. A hastag #vegonharecord ficou em primeiro lugar nos TTs Brasil onde vários internautas alegavam intolerância religiosa.
A Record atacou o seu público. A classe baixa é quem freqüenta as Igrejas Pentecostais e é a classe baixa quem assiste a Record. Levantar a santa desta vez não será o bastante.
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