Policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) encontraram neste domingo (13), no alto da Favela da Rocinha, em São Conrando, na zona sul do Rio de Janeiro, a casa do traficante Sandro Luis Amorim, o Peixe, preso na quarta-feira (9) tentando fugir da comunidade com a ajuda de policiais.
A mansão é de alto luxo e tem banheira de hidromassagem, aparelhos de ginástica, cozinha americana e um enorme aquário na sala.
Policiais do Bope e do BPChoque (Batalhão de Choque) entraram na Rocinha e no Vidigal às 4h10. E em menos de duas horas o território havia sido dominado sem que fosse preciso disparar um tiro.
Traficantes chegaram a jogar óleo nas principais ruas para impedir o avanço dos policiais. Mas tanto os blindados da Marinha, que se deslocam sobre esteiras, como os policiais conseguiram progredir sem dificuldades.
O comandante do Bope, tenente-coronel Renê Alonso, disse que os policiais fazem buscas em matagais. Os agentes também revistam casas de moradores para localizar armas, drogas e traficantes.
Momentos antes de a ocupação começar, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, conversou com a tropa de 400 policiais do Bope. Beltrame motivou os policiais e disse que contava com eles para retomar o território por décadas dominado pelo tráfico. Os agentes e parte dos tanques da Marinha partiram do Batalhão do Leblon (23º BPM) com destino à Rocinha e ao Vidigal sob aplausos de moradores do Leblon, que se concentram na porta da unidade.
Cerca de 3 mil homens participam para a operação, com o apoio de seis blindados do Bope, 18 blindados da Marinha, quatro helicópteros da PM e três, da Civil. No total, mil homens das forças de segurança do Estado estão nas três comunidades, além de 194 fuzileiros navais, 160 agentes da Polícia Federal e 46 policiais da Polícia Rodoviária. A Polícia Civil participa com 186 agentes.
Depois do processo de retomada do território, as comunidades receberão a 19ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Estado. A data para a instalação da UPP ainda não foi informada pela Secretaria de Segurança.
O efetivo e o número de bases operacionais da nova unidade serão definidos após reconhecimento do terreno pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora.
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