As Forças Armadas egípcias anunciaram na noite desta sexta-feira (hora local), pouco depois da renúncia de Hosni Mubarak , que já preparam medidas para atender às demandas populares em uma fase de transição e dizem que "não há outra alternativa à legitimidade aceita pelo povo". Na nota lida na TV estatal, os militares, que herdaram o poder do ditador, aplaudem a decisão do agora ex-presidente e saúdam "os mártires" que morreram durante os protestos - estima-se em mais de 300 o número de vítimas desde o início da revolta, há 18 dias.
"Sabemos da extensão e da seriedade da situação e das demandas do povo pelo início de mudanças radicais. O alto conselho militar está estudando o assunto para alcançar as expectativas do nosso grande povo", afirmam os militares no chamado Comunicado Nº3, que não explica se a transição duraria até as eleições de setembro.
O Conselho Militar que assume o controle do país é o ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi. Autoridades dos Estados Unidos o veem como um aliado empenhado em evitar uma nova guerra contra Israel, mas no passado já o criticaram reservadamente por ser resistente a mudanças políticas e econômicas.
A TV al-Arabiya informou que o conselho vai demitir o gabinete e suspender as duas casas do Parlamento, mas não há ainda qualquer confirmação oficial. O comunicado lido esta noite promete anunciar mudanças nas próximas horas.
"O conselho vai divulgar um comunicado explicando os passos e procedimentos que serão tomados, confirmando, ao mesmo tempo, que não há outra alternativa à legitimidade aceita pelo povo", completa a nota.
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