O domingo, primeiro dia útil da semana para os egípcios, começou ainda com muitos manifestantes no centro do Cairo, mas com o processo de transição avançando. O vice-presidente Omar Suleiman se reuniu com os principais grupos de oposição e chegou a um acordo para formar um comitê para reformar a Constituição. A proscrita Irmandade Muçulmana, que participou das conversas, e o Nobel da Paz Mohamed ElBaradei disseram, no entanto, que ainda é pouco.
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Além da criação do comitê, ficou acertado o fim da chamada Lei de Emergência, vigente desde 1981, quando o ditador Hosni Mubarak assumiu. Para a oposição, a lei foi usada para calar a dissidência nas últimas três décadas.
Entre as outras possíveis mudanças na Constituição está limitar os mandatos presidenciais a dois períodos e novas condições para se candidatar à Presidência. Esta última questão é crucial nas negociações de transição e praticamente impedia que alguns grupos se juntassem às conversas.
A Irmandade Muçulmana se apressou a criticar as propostas do governo, que considerou insuficientes. Abdel Monem Abul Fotuh, membro de destaque do grupo islâmico, disse em comunicado que o governo apresentou "boas intenções, mas não incluiu nenhuma mudança sólida".
"Precisamos que o presidnete Mubarak emita decretos presidenciais que mudem os artigos 76 e 77, que dissolva o Parlamento, libere os presos políticos que o governo conhece muito bem, e ponha fim ao estado de emergência", afirmou.
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