Os locais onde a água é de pior qualidade se concentram próximos das regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador e das cidades de médio porte, como Campinas e Juiz de Fora. De 2009 para 2010 o número de pontos monitorados caiu de 1.812 para 1.747, o que explica, segundo o presidente da ANA, Vicente Andreu, a variação. Nesse período,a água de qualidade péssima se manteve em 2%, a ruim aumentou de 6% para 7%, a regular passou de 12% para 16% e a boa subiu de 70% para 71%.
- 90,6% das bacias e dos rios se encontram em estado satisfatório de qualidade e disponibilidade e apenas 2% dos rios não apresentam resultado satisfatório. Temos uma situação muito confortável - avalia Ney Maranhão, superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA.
Ele ressalta ainda que as políticas públicas têm sido direcionadas para as bacias que estão em situação crítica, seja por apresentarem baixa disponibilidade de água, seja por baixa qualidade da água. A maior parte dos rios e bacias com problema de oferta de água se encontram no Nordeste, mais especificamente na região do Semiárido (sertão).
Presente à apresentação do relatório, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que ainda há muito caminho pela frente na questão de saneamento, mas que o Brasil avançou muito. Ela aproveitou a ocasião para mandar um recado ao Congresso, onde tramita a reforma do Código Florestal.
- Quando estamos discutindo Código Florestal não estamos falando apenas do uso do solo, estamos falando de recursos hídricos e qualidade de vida. O relatório traz com muita propriedade o stress hídrico com perda de mata ciliar (vegetação nativa às margens dos rios). Onde você desmatou mata ciliar você tem comprometimento dos recursos hídricos. Mostra a importância de se preservar a mata ciliar - afirmou.
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