Campeão mundial dos 50m borboleta, brasileiro exalta força mental para vencer fase difícil; queniano que nadou a prova fez sinal de negativo na piscina
- Nem sei de onde vem essa força mental, mas eu estou aqui de pé, estou aqui lutando. Coloquei na minha cabeça que nada ia deixar me abalar. Me abalou um pouquinho, mas eu estou aqui de pé e estou devolvendo a pancada que eu tomei. Um dia de cada vez e superação acima de tudo. Vou lutar com todas as minhas forças até o fim da competição - garantiu.
Superação foi a palavra que teve em mente no último mês para não deixar que a espera pela desfecho do caso de doping atrapalhasse sua preparação para a principal competição do ano. E, provavelmente, continuará precisando superar alguns questionamentos por algum tempo. Depois do ouro, na conferência para a imprensa, perguntaram ao atleta se ele havia visto o gesto de Dunford. O brasileiro disse não ter visto e acrescentou que o rival deve ter feito isso se referindo a sua própria performance.
Schoeman volta a criticar no Twitter
Ouro olímpico no 4x100m livre em Atenas-2004, o sul-africano Roland Schoeman - que não passou das semifinais da prova vencida pelo brasileiro em Xangai - não só viu como aprovou a atitude. Em seu Twitter, escreveu: "Tiro meu chapéu para @kenyaSwimmer, que demonstrou seus verdadeiros sentimentos após a final dos 50m borboleta. Um sentimento compartilhado pela maioria dos nadadores”.
Em outro momento da entrevista, um jorrnalista disse ter ouvido vaias vindas da tribuna de atletas e perguntou ao brasileiro o que ele tinha achado disso. O nadador retrucou dizendo que não ouviu e que não estava lá para entreter ninguém. Mas o repórter insistia com a pergunta.
O clima pesado se instalou, e o nadador australiano Matthew Targett saiu em defesa de seu amigo brasileiro lembrando ao jornalista de forma incisiva que cada um só podia fazer uma pergunta. Os dois treinaram e moraram juntos em Auburn, nos Estados Unidos, em 2005.
- A gente criou uma proximidade muito grande pela situação de ser estrangeiro nadando a liga universitária. Até quando o repórter pegou meio pesado, ele tentou me defender. É um dos meus melhores amigos. Ter um cara do meu lado do pódio foi muito agradável e até mesmo meio predestinado. Eu não imaginava ninguém fazendo o que ele fez aqui na conferência – comentou Cielo.
Tirado o peso das costas, o agora três vezes campeão mundial só quer saber de curtir a conquista antes de voltar a pensar nos próximos desafios em Xangai. Ele ainda nada os 50m e 100m livre e o 4x100m medley.
- Hoje, eu quero aproveitar esse momento para relaxar bastante, para curtir isso aqui mesmo. Foi uma superação sem palavras para conseguir medir. Vou agradecer muito o meu técnico, comemorar muito com os meus amigos e, a partir de amanhã, começar a pensar nas próximas provas.
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